Síndrome do pânico
- Dra. Mônica de Lima Azevedo
- 29 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade que aparece pela primeira vez em jovens entre os quinze e trinta anos de idade, com ótimo desempenho escolar e/ou profissional e social.

E caracteriza-se pelo aparecimento de sintomas físicos e psicológicos repentinos que repete-se com freqüência, a ponto de impedir que a pessoa consiga sair de casa, com medo de ter uma nova crise.
Um sintoma físico bastante característico é a “taquicardia” ou o batimento acelerado do coração, também conhecido como “palpitação”. O coração dispara várias vezes ao dia, em locais e situações em que não haveria motivo algum para se ter essa sensação, como por exemplo, na fila da farmácia, ou esperando seu filho sair da escola. Essas situações, que sempre foram enfrentadas sem nenhum constrangimento, passam a integrar o quadro de “eventos evitáveis” e a pessoa passa a “esquivar-se” de situações e locais habituais de seu cotidiano.
Devido a esse e outros sintomas, usualmente o indivíduo faz visitas regulares ao médico e ao pronto-socorro, realizando exames, quando invariavelmente, a resposta é sempre a mesma: “você não tem nada”!!! Num primeiro momento, ele pensa, ufa que alívio!
Só que no dia seguinte, os sintomas se repetem, o que o leva a não entender o que acontece com ele, fazendo com que os que o cercam pensem que é “frescura”, o que agrava o problema.
Segundo a Associação Psiquiátrica Americana (A.P.A.), os critérios para o ataque de pânico envolvem um período de intenso temor ou desconforto, no qual quatro ou mais dos seguintes sintomas alcançam o pico em dez minutos; 1)palpitação; 2) suor excessivo; 3) tremores; 4) sensação de falta de ar; 5) sensação de asfixia; 6) dor ou desconforto no peito; 7) náusea; 8) tontura; 9) medo de morrer; 10) calafrios...
É muito importante entendermos que o transtorno do pânico é uma doença com base bioquímica, onde há um desequilíbrio de determinados neurotransmissores cerebrais.
O tratamento envolve medicação aliada à psicoterapia e à ajuda dos familiares, pois o estabelecimento desta aliança terapêutica só ocorrerá se houver muita orientação e muito diálogo entre todos: paciente, médico, psicoterapeuta e família
Publicado na Revista viver integral em dezembro de 2011.
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